Após ligar para a namorada e combinar rapidamente a saída, acabamos indo para a floresta, mas ao invés de irmos para alguma das trilhas de sempre, apenas estacionamos na Vista Chinesa e fomos andando pela simpática estrada Dona Castorina.
De quebra ainda trouxe alguns pedaços de galhos de uma árvore de madeira muito boa que havia caído durante as últimas chuvas, bloqueando a estrada. Estes estavam já cortados pela Prefeitura na margem da estrada. Eu e meus artesanatos...
Aí seguem algumas fotos:
O Rio a partir da Vista Chinesa |
Detalhe da representação de um dragão chinês |
Aguardando a sessão de fotos da namorada terminar |
E lá vamos nós... |
Pausa na mesa do imperador para uma água |
Mesa de piquenique mais parecia local de cerimônias pagãs |
Três pombos imaculadamente brancos que estavam de olho na gente |
Escolhendo um pedaço de galho para levar, tenho certeza de que se prestará a algum artesanato útil |
E mais estes aqui... |
O caminho, ainda mostrando os estragos das últimas chuvas de verão |
Resumindo, este foi mais um dia com ar puro, paisagem de muito verde, algumas belas fotos e uma manhã de domingo bem aproveitada, em meio a locais recheados de história. Espero que tenham gostado.
Te vejo na trilha!
Resumo histórico dos locais visitados:
O Parque nacional da Tijuca - É uma marca registrada do Rio de janeiro. Foi imortalizado e divulgado mundialmente graças à estátua do Cristo Redentor. O mesmo corta a cidade em duas, fato que o torna uma vista quase onipresente onde quer que se esteja.
Os paredões verdes, entretanto, não foram sempre assim. O café que chegou ao Rio ainda no século XVIII fez com que suas matas fossem devastadas, e a chegada da família real em 1808 piorou a situação. A partir de 1840 a devastação era tal que comprometeu seriamente o abastecimento de água ao passo que a população crescia. Na mesma década uma praga chamada borboletinha arrasou a maior parte das propriedades cafeeiras, o que permitiu sua desapropriação. A partir de 1861 deu-se o imenso trabalho de reflorestamento da área afetada, utilizando-se mudas vindas de outras regiões. O tempo se encarregou do resto, e hoje em dia mal de pode crer que há um século não havia a floresta.
A Mesa do Imperador - Mandada construir nos limites da fazenda Nassau por Dom Pedro II, que passava ali horas a fio contemplando a natureza. Na verdade era comum toda a Família Imperial excursionar até o mirante com a mesa de granito para passar o dia e desfrutar de um piquenique regado a champanhe francesa. Os passeios ficaram mais fáceis a partir de 1857, quando o Barão do Bom Retiro, residente no Alto da Boa Vista, mandou abrir estrada carroçável ligando o Jardim Botânico á floresta. A estrada tornou o passeio à mesa acessível a carruagens, permitindo até aos idosos das tradicionais famílias cariocas o desfrute dos piqueniques. A estrada atual mantém seu traçado original. Em 1903, na administração Pereira Passos, a mesa foi reformada, ganhando o aspecto atual.
A Vista Chinesa - O nome se deve aos agricultores desta nacionalidade trazidos para o Rio de janeiro no ano de 1844, com o intuito de plantar arroz. A exemplo do acontecido com a tentativa de introdução do chá, o cultivo não vingou. Os trabalhadores acabaram sendo utilizados para a construção do que seria a Estrada Dona Castorina. Nesta obra, teriam feito seu acampamento onde hoje se localiza a Vista Chinesa, dando origem desta maneira ao primeiro nome de batismo do lugar: Rancho dos Chins, que depois evoluiria para o nome atual. A construção que se localiza lá atualmente também é do período Pereira Passos.
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