segunda-feira, 3 de setembro de 2012

SPAM!


Em tempos de internet, todos certamente já ouviram falar do termo que simboliza as coisas indesejadas que recebemos no dia a dia.

Mas pouca gente sabe que ele tem a ver com um quadro do grupo de humor britânico Monty Python.

Ok, vamos do começo.

A história

SPAM classic comemorativo de 75 anos. Fonte: spam.com


Foi lançado em 1937 pela Hormel Foods Corporation, dona da marca até os dias atuais. Mais de 7 bilhões de latas de spam já foram vendidas.

Seu uso durante a segunda guerra mundial foi intenso, afinal era difícil fazer carne fresca chegar às linhas de frente do conflito. As rações militares então começaram a ser tradicionalmente conhecidas como pouco convidativas. Também na Inglaterra na mesma época o spam foi muito usado, em tempos de racionamento comida enlatada era o que se tinha à mão.

Estas realidades acabaram dando ao spam uma não merecida reputação de comida ruim ou indesejada, afinal quando se está restrito a comida enlatada a tendência é começar a detestá-la. Os enlatados passaram a ser vistos como comida de último recurso.

Obs: No mesmo contexto surgiu a expressão brasileira "enlatado americano" para designar programas de TV.

Dentro desta cultura, surgiu o quadro do Monty Python em 1970. Nele, dois clientes entram em um restaurante e tentam pedir um prato, mas tudo o que eles escolhem contém spam, não importa o quão sofisticado.

Deste quadro surgiu o termo spam para simbolizar correspondência indesejada, geralmente propaganda de vendedores. Daí evoluiu para a utilização que conhecemos hoje.

O produto

SPAM é um alimento enlatado, e seu nome é uma contração do termo Spiced Ham (presunto temperado), porque ele é feito basicamente de carne de porco ( paleta, presunto, sal, nitrito de sódio como conservante e fécula de batata como elemento de liga). É o equivalente da nossa apresuntada.

Lata de SPAM coreana.

Como todo enlatado, tem vida longa nas prateleiras, e continua sendo usado como estoque de emergência pelo mundo afora.

Apesar da má fama que as comidas enlatadas têm, existem muitas receitas usando spam e apresuntadas, e várias pessoas que gostam delas.

Eu mesmo consumia muito na infância, e até me lembro com saudade daquela época.

Quando meu sogro apareceu me oferecendo uma lata que havia sido presenteada por um tripulante de navio coreano, eu aceitei prontamente.

 O detalhe curioso fica por conta das inscrições em coreano atrás da lata.

Parte de trás da lata, com inscrições e até o famoso logotipo em coreano.
 Uma coisa que gostei muito foi a tampa plástica que ela acompanha, sugerindo o aproveitamento da embalagem. Depois de limpa se presta a guardar itens úteis como material de pesca, kit de fogo, kit de sobrevivência ou qualquer outra coisa que se imaginar.

Lata reutilizável, uma ótima idéia.
 Este ainda não foi consumido mas um amigo meu, também saudoso das comidas da infância, se voluntariou para dividi-lo comigo. Depois mostro aqui o que resolver fazer com a lata.

Espero que tenha gostado desta breve explanação histórica de um dos produtos icônicos do século XX.

Te vejo na trilha!

2 comentários:

  1. Gostei mesmo do post!! Legal esta história de "comidas da infância", eu também tenho disto. Quando era escoteiro tinha mania de carregar comidas enlatadas que eu achava legal porque pareciam ração militar... Minhas preferidas eram o feijão branco com paio e linguiça e a feijoada. (as duas da Bordon)
    Pena que não encontro mais o feijão branco para matar a saudade. (porque era gostoso mesmo)
    Meu pai sempre levava "Kitute de boi" (tipo de span) quando resolvia acampar, ele comia forçado (era bem engraçado) só porque "era comida de acampamento"...
    Carne enlatada me lembra ele.
    Bem, chega de lembrar.
    Parabéns de novo pelo blog e abração.

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    Respostas
    1. Com certeza temos nossas referências de infância.

      Assim como boas temos os traumas com alguma comida na época odiada. :P

      Legal que tenha gostado do post.

      Um abraço.

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