quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Uma grata surpresa: A pequena EDC.

Logo após publicar o post sobre o novo projeto de faca que começava a desenvolver,  ao comentar com o amigo e cuteleiro João Voss que seu mais recente trabalho se enquadraria perfeitamente no que procurava e sondar o preço, fui surpreendido pela proposta generosa do mesmo: A faca seria remetida sem custo algum. O pagamento seria um teste meticuloso no mato, com direito a fotos e um artigo completo para figurar em seu site.

Aceitei no ato, agradecendo sua gentileza e também o voto de confiança depositado em meu julgamento. Ficamos assim combinados e a faca foi remetida já na manhã seguinte. Segundo rastreio pelo site dos Correios, devo recebê-la até o fim da semana, e os testes terão início o mais rápido possível.

Vamos a ela:

A EDC (de Every Day Carry), como a batizou o João, é uma pequena utilitária forjada de aço carbono (SAE 5160), full tang, com pinos em inox, cabo em madeira de lei, passador de cordelete em inox e pino mosaico decorativo central no cabo. A têmpera seletiva foi executada em parafina e revelada com percloreto com acabamento fosfatizado. Vem com bainha em couro natural feita à mão e cordelete em paracord 550 padrão desert camo (o mesmo de meu bracelete de sobrevivência).


Suas medidas são:
Comprimento total: 180 mm
Comprimento da lâmina: 75 mm
Largura máxima da lâmina: 25 mm
Espessura máxima da lâmina: 3 mm

Algumas fotos, tiradas pelo próprio cuteleiro em um teste:

Boas proporções para uma faca para trabalhos gerais. A bainha é muito funcional.
Neste ambiente é que ela vai estar a maior parte do tempo.
Linha de têmpera bem visível e desenho harmonioso, duas características da faquinha.
Por enquanto é só. Assim que os testes forem concluídos haverá um artigo específico no site do João, e outro aqui. E certamente a pequena EDC vai figurar em muitos outros posts, desempenhando sua função ao lado da minha bowie.

Te vejo na trilha!

4 comentários:

  1. Realmente a EDC parece ser funcional e muito bonita, própria para trabalhos mais delicados, porém o aço SAE 5160 está longe de ser um aço carbono: trata-se de um aço liga, especificamente um cromo-manganês.

    Na minha visão pessoal esse aço, apesar de ser inoxidável, não é o ideal para facas de mata. Um aço carbono comum é muito mais recomendado, pois é mais fácil de se afiar, mais fácil de utilizar com a pederneira e mais resistente contra dentes e outras deformações na lâmina.

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  2. Agora você me pegou, confesso que os detalhes técnicos minuciosos dos tipos diferentes de aços não são meu forte.

    Uma coisa eu sei, muitos cuteleiros se utilizam deste aço pela facilidade de encontrá-lo até mesmo em desmanches de carros.

    Para as funções a que este modelo específico se destina, não vejo como poderia danificar seriamente o fio, como disse no post, é para trabalhos pequenos, e nisto ela tem se saído muito bem!

    Agradeço sua participação, espero que tenha gostado do blog.

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  3. Olha... o 5160 é um aço carbono com toda certeza.
    Ele é muito versátil para facas de todo tipo e se presta muito bem para facas "mateiras", grandes e pequenas. O cromo que ele contém não o deixa inoxidável, pois a concentração ainda é baixa, sendo, de acordo com o revenimento obtido, relativamente fácil de ser afiado. A faca é espetacular e o trabalho do Voss idem!
    Abraço!

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  4. Pois é Robson, nossos cuteleiros brasileiros estão matando a pau.

    A verdade é que estão fazendo sucesso até lá fora.

    Abraço.

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